Com o Smile

 

LOST – 6 anos depois...
Uma visão sobre o fim

Anderson C. Smile
24 de Maio de 2010

O título se remete ao que aconteceu depois de seis anos após a primeira vez em que o letreiro escrito Lost subiu de um fundo preto. Era enigmático e arrebatador, ao menos para mim. Enfim, não quero começar no fim desses seis anos, quero lembrar o que aconteceu há cinco anos – pois foi a cinco anos que comecei a ver Lost, um ano após seu inicio.

 Eu tinha onze anos e foi curioso como comecei a querer ver a série não foi por causa dos comentários, eu era novo, isso não me influenciava e nunca fui de guarda esse tipo de coisa. O que na verdade me fez interessar pela série foi seu Box do DVD, o qual eu vi em uma locadora mais ou menos um ano após o inicio da série. Achei o Box bonito e nessa época estava começando a colecionar DVDs – sim, queria ver a série para poder ter aquele DVD, eu era criança, não me julguem, portanto.
 Eu não comprei o Box logo de primeira, apenas quis conhecer a série, pois julguei que algo com um DVD tão bonito não poderia ser tão ruim. Aluguei o Disco um e dois e o vi todo em um domingo. Os primeiros abrir de olhos de Jack “Doctor”, James “Sawyer”, Kate “Sardenta”, Hugo “Hurley”, Charlie “Drogado” e muitos outros me encantou, achei fascinante, era realmente muito gostoso ver Lost com aquela minha tenra idade. E lembro que fui alugando e alugando até acabar a primeira temporada, por fim fiquei louco quando Michael gritava em alto mar por Walt, que era levado junto ao fim da primeira temporada.

 Agora, cinco anos depois que aluguei os DVDs pela primeira vez, eu acabo de ver o final dessa série que realmente me fascinou. Não direi que não esperei mais respostas, pois realmente esperei. Não direi que não gostei, pois amei – até mesmo os cinco minutos de dor de cabeça refletindo após o final eu curti. Foi emocionante e digno de uma série como essa. Mas não irei defendê-la de quem ficou decepcionado, pois entendo o modo como muitos vêem as coisas e as querem: toda pergunta precisa de respostas – talvez exista resposta para tudo, mas nem tudo precisa delas. Continuando, Lost sempre foi uma série de mistério e o legal era querer saber a resposta enquanto torcíamos por ver quem entre Jack e Sawyer daria o próximo beijo na Sardenta da Kate. Responder tudo, sim, tiraria muito à graça do show – mas novamente não defendo as esperanças e expectativas dadas pelos criadores para aqueles que queriam fim à interrogação.
 Acho que lembro com isso tudo o momento em que vi pela primeira vez o filme 2001: uma Odisséia no Espaço (de Stanley Kubrick). Não entendi nada na época – também era muito jovem – e tinha até achado chato, já hoje acho o filme incrível, mas continuo sem entender algumas coisas. Essas coisas eu deixo para minha pobre imaginação desvendar e interpretar como queira, pois acho que o objetivo do filme era nos fascinar e fazer sonhar com o que realmente aconteceu quando vemos pela primeira vez aquela silueta brilhante olhando para o universo. Com Lost a mesma coisa: o que nunca terá resposta direta dos criadores vai acabar por mim sendo imaginado e sonhado por anos, será discutido com amigos e com desconhecidos da internet que vão brigas por blogs e mais blogs de discussão.

 Ao fim, quero dizer que estou feliz e satisfeito até certo ponto – talvez, como com em Uma Odisséia no Espaço, eu fique completamente satisfeito quando estiver menos imaturo. Vou com certeza rever muitas e muitas vezes a série, pois gosto de verdade de tudo aquilo, desde ao clima e estilo até os personagens, e ainda espero ter a mesma experiência de quando pequeno quando vi pela primeira vez.
 Aos criadores só posso agradecer pelo fascínio que me fez nesses anos e aqueles que estão com ódio no coração – sei que alguns estão – só posso sentir muito por eles, pois esses viram a série por simples afobação para saber das coisas, e afinal, acho eu, a proposta nunca foi essa.

“Dude!” – Hugo “Hurley” Reyes

 

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