A origem 20/08/2010
Um dos melhores filmes do ano impressiona em qualidade, supera expectativa e se mostra bastante funcional para a platéia
O mundo dos sonhos é algo que vejo como uma experiência única e incrível, como também pode vir a ser assustadora e ao mesmo tempo fantástica, ou até mesmo pode ser melancólico e chato, enfim, um sonho pode ser várias coisas, tanto boas como ruins, assim como um filme também pode ser. A Origem (Inception, 2010) é algo bom, mas o dificil é definir se ainda é um sonho ou um filme - brincadeiras a parte, vamos à critica:
Critica: A Origem
A Origem, um dos blockbuster de 2010 e talvez um dos melhores filmes do ano, roda em volta da possibilidade de se entrar no sonho de alguém e consegui explorar sua mente - é uma idéia bem simples e ao mesmo tempo muito complicada como a mente humana. O protagonista é Cobb (Leonardo DiCaprio, de A Ilha do Medo e O Aviador) e vemos ele usando esse processo de invadir sonhos para roubar informações das mentes das pessoas junto a sua equipe, afinal invadir um sonho não é algo simples e é preciso seguir regras para que o objetivo seja atingido, e talvez nisso se encontre uma das coisas mais belas do filme que são as regras, sendo elas muito bem estabelecidas.
Além de invadir sonhos para conseguir roubar informações, vemos Cobb sendo na verdade foragido de seu país por ser acusado do assassinato de sua mulher, o que o impossibilita de poder ir ver seus filhos, e é quando recebe uma oferta de trabalho em que terá como pagamento a chance de poder retornar para casa com todas as acusações retiradas que a trama realmente começa, mas tirando esse incrível pagamento o trabalho final seria apenas mais um, não fosse o fato de que a concepção do crime será o de inserir uma idéia, não retirá-la. Então o filme é resumidamente um filme de assalto 'ao contrário' dentro do mundo dos sonhos. Podemos dividir a história em três momentos, um primeiro, importantíssimo para a trama, com um pouco das idéias e regras, então um segundo momento onde vemos toda a preparação e arquitetura do roubo, onde é melhor estabelecido as regras do jogo, e por fim, ou talvez não, o assalto em si, com todo o plano sendo colocado em prática e tendo alguns alicerces quebrados, o que exige algumas improvisações.
A trama, muito bem amarrada e funcional é responsabilidade pelo já bastante conhecido e talentoso Christopher Nolan, diretor dos últimos dois Batmans, que também dirige, fazendo um trabalho espetacular que envolve desde um bom roteiro, com conceitos interessantíssimos, ação de qualidade que é praticamente ininterrupta, mas sem nunca de forma gratuita e desnecessária, efeitos grandiosos e uma montagem, que apesar de parecer difícil no inicio, acaba sendo um dos pontos primordiais para a qualidade da projeção. Claro que as atuações também são um ponto a favor meio a uma produção tão dificil, e digo, em momento algum vemos algum dos atores devendo um desempenho melhor. Talvez a única ressalva que tenha, além de uma particular cena que achei envolver neve de mais, é uma que eu trouxe de casa para antes do filme e acabou sendo apagada, que era a expectativa de todos perante a obra que está vindo depois do fenômeno de Batman - O Cavaleiro das Trevas, afinal o publico aprovou o filme e ao meu ver qualidade nos trabalhos de Nolan não caíram de um para o outro.
Por fim só posso dizer que o filme é super recomendável por mim e devo dizer que fico muito feliz ao pensar que além de um bom trabalho, a Origem conseguiu um feito especial em fazer as pessoas irem ao cinema e as fazerem discutir, pensar um pouco, para depois as levá-las de novo para o cinema, afinal A Origem fascina e consegue nos deixar com vontade de repetir a dose - talvez seja como os sonhos no filme, acaba que é impossível ficar longe deles depois a primeira experiência.
A Origem (Inception, Warner Bros., 2010 - Direção: Christopher Nolan - Com: Leonerdo DiCaprio, Josheph Gordon-Levitt, Ellen Page)
Nota: 9/10
